Um Planeta no Sistema Solar que não viaja sozinho, mas na companhia da pequena Lua. A sua beleza impõe-se, pode ser notada por todos, no Espaço e na sua Superfície, tudo em si é deslumbrante.
A imensa fertilidade e riqueza natural do Planeta Terra, podem ser contempladas sobre toda a sua Superfície, o lugar onde foi gerada também a Humanidade. Aqui na Terra, tudo o que nasce é seu fruto, ela é a Mãe original que nos acolhe, cria e alimenta.
Nesta viagem cósmica antes da Humanidade, o Universo criou o Planeta Terra, depois a Natureza sobre a sua superfície, e com ela a Vida Humana.
Os ensinamentos das culturas ancestrais encaminham-nos para uma ordem diferente daquela à qual estamos habituados, onde é o Homem que está ao serviço da Terra, e não ao contrário. As culturas ancestrais acreditavam que o Universo se manifestava sobre a Terra, e que a Terra era o seu ‘Templo Sagrado’, o lugar onde habita a Natureza e a Humanidade, juntas submetidas às mesmas Leis de Ordem e Expansão, determinadas pelo Universo.
É sobre a Terra que se reproduz e desenvolve a Natureza, um sistema fortemente marcado pela presença da Lua, que orbita de forma circular em torno do nosso Planeta, reproduzindo Eventos e Ciclos naturais no Espaço, na Natureza e no Tempo, sobre uma admirável pontualidade, absolutamente rigorosa.
Os ciclos e as dinâmicas orbitais entre a Terra e a Lua, fazem-se sentir de forma abrangente na Vida Natural do nosso Planeta, sobre fenómenos físicos e psíquicos de todas as espécies e qualidades. Não podemos estudar e observar a Natureza e a Vida sobre a superfície da Terra, sem serem considerados os Ciclos Lunares.
Na atualidade a Astronomia e a tecnologia moderna permitem observar o Sistema Solar numa perspectiva exterior à Terra, no Espaço. É desta forma distante que podemos agora admirar a beleza azul do nosso Planeta Terra, na companhia do seu pequeno Satélite. A Terra e a Lua, uma performance que nos remete à imagem da Cria, que orbita em torno da sua progenitora.
E se aumentarmos um pouco mais o ângulo de visão da Terra e da Lua, no Espaço sobre o Sistema Solar, podemos encontrar o Sol. Em torno do qual a Terra orbita, de mãos dadas com a pequena Lua, ilustrando assim um verdadeiro retrato de família.
A ideia de que a Terra, a Lua e o Sol possam representar no Espaço e no Universo uma dinâmica familiar, não é resultado de nenhum delírio romântico ou religioso, muito pelo contrário. É a explicação científica e astronómica ancestral, sobre um desempenho relacionado quase de forma literal entre a Astronomia e a vida da Natureza. Um ensinamento que resulta do profundo conhecimento ancestral, sobre as dinâmicas e as circunstâncias em que a Terra, a Lua e o Sol viajam sobre o Universo.
Os métodos de medição dos movimentos planetários na Astronomia Ancestral, permitem observar que a Terra, a Lua e o Sol, nas suas órbitas no Espaço e no Tempo, estabelecem dinâmicas articuladas entre si. Uma cadeia de Ciclos e Movimentos Orbitais, com dimensões e proporcionalidades no Espaço e no Tempo, muito semelhantes a padrões de Ordem física e psíquica, relacionados a dinâmicas de expansão familiar, na Vida sobre a Terra.
É o estudo da Astronomia Ancestral que nos permite compreender como a Mecânica Celeste entre a Terra e a Lua com o Sol, é determinante na formação da Vida Natural sobre a Superfície da Terra. Uma Astronomia onde se pode observar com todos os detalhes, a Viagem da Terra e da Lua. Uma atuação que se realiza como uma coreografia rigorosa, propositadamente organizada, em torno do Sol e sobre o Universo.
A Terra, a Lua e o Sol, uma dinâmica realizada a Três, um sistema astronómico articulado no Espaço e no Tempo, que encontra padrões matemáticos e geométricos perfeitos e proporcionais, nos seus diferentes Ciclos e Órbitas. Uma Astronomia onde inesperadamente a Órbita da Terra é integrada num Espaço-tempo, possível de descrever a cada momento, e no seu passo a passo, sobre padrões e formas racionais, possíveis de acompanhar mentalmente, sem o auxílio de tecnologia. Uma articulação celeste expressa apenas por números e séries numéricas racionais e naturais, que juntas dão forma a uma estrutura geométrica tecida no Espaço-tempo da Terra, a "Trama da Terra ".
É sobre o entendimento dos Ciclos de Tempo presentes nos Calendários, que podemos encontrar a Astronomia Ancestral, que nos ensina que o Planeta Terra e a Lua viajam pelo Universo de forma integrada, tecendo uma Trama no Espaço-tempo. Uma estrutura construída por padrões descritos pela Astronomia, semelhantes a modelos encontrados na formação e evolução, da Vida Natural sobre a Terra. São igualmente identificáveis Arquétipos e Paradigmas, relacionados a manifestações Psíquicas da Vida Espiritual, com padrões semelhantes à Astronomia e à Vida da Natureza. Uma realidade outrora explicada e compreendida pelas culturas ancestrais, onde como no Universo, a Vida Física e Psíquica, assim como a Ciência e a Espiritualidade, caminhavam de mãos dadas.
Uma cultura que estudou e observou o Universo, reconhecendo a sua forma de Expansão e Manifestação. Aprendendo assim as suas Leis e Ordem, as mesmas na Terra e no Céu, às quais a Humanidade está também submetida.
As correspondências geométricas e matemáticas na Astronomia, e as suas semelhanças com a Natureza sobre a Superfície da Terra, é o conhecimento mais valioso que as Culturas Ancestrais nos podem proporcionar. Este é um entendimento que só por si, pode representar um desenvolvimento cultural e aumento da consciência Humana importantes, devido à quantidade significativa de fenômenos naturais e astronómicos, que vão poder ser reconhecidos e explicados sobre os conhecimentos da Astronomia Ancestral, relacionados com a Ciência e a Espiritualidade. Um encontro entre a nossa Cultura Moderna científica e espiritual e os conhecimentos astronómicos ancestrais, onde se vão poder identificar muitas referências matemáticas, geométricas, astronómicas e espirituais comuns, às quais não vamos poder ficar indiferentes, e que possivelmente nos vão propor novas formas de pensar a Vida e o Universo.
É muito interessante notar, como de uma forma geral os ensinamentos espirituais, religiosos e mitológicos, são construídos sobre Estruturas organizadas de forma geométrica, com Símbolos matemáticos e geométricos padronizados, sobre Sistemas e Paradigmas idênticos e perfeitamente ajustáveis, a estruturas e padrões encontrados na Astronomia.
Os conhecimentos e a Astronomia Ancestral estão habitualmente relacionados a conceitos enigmáticos não científicos, de caráter mitológico ou divinatório. No entanto os resultados deste estudo realizado aos Calendários, revelaram uma Astronomia muito desenvolvida e rigorosa, onde os conceitos divinatórios e mitológicos, poderiam ter chegado depois. O que podemos encontrar nos Calendários são conhecimentos astronómicos inéditos, totalmente racionais, sobre uma Astronomia científica, possível de confirmar matematicamente.
Mesmo sobre práticas científicas e ensinamentos espirituais da atualidade, vamos poder descobrir e observar, como os conhecimentos astronómicos ancestrais, se podem ajustar e explicar de forma anatómica e matemática, a Conceitos e Paradigmas muito bem conhecidos e estudados na nossa cultura. Conhecimentos estes, que nunca foram anteriormente relacionados com Astronomia.
Na Ciência Moderna existe a "Terra e o Espaço" enquanto para a Espiritualidade existe a "Terra e o Céu", não existe na nossa cultura uma ligação da Terra ao Céu e ao Espaço, de forma simultânea, científica e espiritual. O Espaço e o Céu, duas realidades que aparentemente poderiam ser as mesmas. Possivelmente, esta é uma das diferenças conceituais, que separa os conhecimentos da Astronomia Ancestral da Astronomia Moderna, onde uma encontrou a manifestação do Espírito e da Matéria, no Espaço. Enquanto a outra apenas encontrou a Matéria!
Ao contrário da Astronomia Ancestral, na Astronomia Moderna não existe um conceito físico de Espaço-tempo, que permita integrar a viagem do Planeta Terra de forma particular no seu próprio Espaço e Tempo. Um Espaço-tempo descrito pela Astronomia Ancestral que estabelece a ponte de ligação entre o Universo e o Planeta Terra. Um fractal astronômico que poderá estar na origem, de como as formas de Vida Física e Espiritual se manifestam e se expandem sobre a Terra.
Enquanto o Universo explicado pela Ciência Moderna parece demasiadamente distante e desajustado da realidade da vida humana. Um Universo caracterizado por uma explosão inicial, que se expande sobre uma imensidão de Espaço, Luz e Matéria, que dificilmente condiz, e pouco se relaciona com o sentido e forma de Vida natural, física e emocional, experimentada no Planeta Terra.
O Universo explicado pela Ciência Moderna, sugere que o Espaço é aberto e desimpedido, para poder ser transitado e explorado pela Humanidade, se a tecnologia lhe permitir.
O Céu na espiritualidade, é o lugar onde intuímos, serem provenientes, as manifestações psíquicas e emocionais, que nos atravessam de forma determinante. Próprias e inseparáveis da condição da vida humana, e da natureza sobre o Planeta Terra. Manifestações, que em muitas ocasiões, nos alcançam de forma tão surpreendente e inexplicável, que nos fazem crer, serem revelações de origem Divina, enviadas desde algures, lá do alto do Céu. Um Céu, onde muitos acreditam ser a morada de Deus, e que por lá possa existir também, um Paraíso repleto de Almas eternas, onde um dia nos poderemos encontrar todos, após a nossa morte… quem sabe.
Um Céu e um Universo, explicados de forma inconciliável pela nossa Cultura Moderna. O Céu e o Espaço, um lugar aparentemente comum, onde procuramos articular a vida Espiritual e a Vida Física da Terra, separadamente.
Um entendimento moderno do Céu e do Universo, não compartilhado pelas Culturas Ancestrais, que por intermédio do conhecimento do Espaço-tempo da Terra. Um conceito explicado de forma científica e astronômica rigorosa, com o qual lhes foi permitido observar que o Planeta Terra viaja pelo Universo, tecendo a sua própria estrutura de Espaço-tempo. É sobre as dinâmicas astronômicas cíclicas da Terra, com a Lua e com o Sol, que é tecido o Espaço-tempo, um fractal com padrões matemáticos e geométricos, sobre diversas dimensões. Do qual surgem e se articulam de forma integrada e indissociável, as nossas vidas humanas e a natureza sobre a superfície do nosso Planeta Terra.
É o Planeta Terra que tece uma trama no Espaço e no Tempo, que se estende sobre a Natureza e as nossas Vidas físicas e espirituais, e da qual somos parte integrante. Uma estrutura que se funde num só Corpo, em expansão pelo Espaço e pelo Tempo, sobre diversos padrões, escalas e dimensões que se combinam em harmonia, sempre proporcionais.
É com a Astronomia e o estudo dos Calendários que podemos confirmar, que é sobre um só Céu, que as culturas ancestrais estudaram e desenvolveram todos os seus conhecimentos científicos, culturais e espirituais.
Uma Cultura que conheceu o Universo de forma muito sábia e espiritual, sobre conhecimentos assentes nos padrões de Espaço-tempo da estrutura da Trama da Terra, revelando-se ser o lugar certo, para identificar as Leis e os moldes, em que o Universo se manifesta, expande e evolui, na Terra e no Céu.