Se um sábio astrónomo da antiguidade voltasse à Terra não seria de
estranhar que a conversa não fluísse de forma compreensível com o astrónomo moderno, mesmo ambos especialistas de Astronomia.
Os conhecimentos astronómicos modernos no que diz respeito aos Ciclos no Espaço-tempo entre a Terra e a Lua em torno do Sol são assuntos já institucionalizados no ensino básico da Astronomia nos programas escolares mundiais e da internet.
Um tema ao qual não é atribuída nenhuma relevância especial, da mesma forma que
não inspira dúvidas significativas, que acaba por cair no esquecimento da maioria depois de ultrapassada a fase escolar.
A diferença na importância dada aos Ciclos da Órbita da Terra entre a cultura ancestral e a moderna é radical, já que para aquelas culturas este assunto era primordial
na história da vida sobre a Terra.
Explicar as razões sobre as quais os Calendários e a Astronomia representavam temas
dominantes nas civilizações antigas, é o principal objetivo deste projeto da Astronomia Ancestral.
Uma tarefa que provavelmente não será fácil, já que se trata de uma perspetiva da Astronomia que não suscita muitas dúvidas e por isso acaba por ser pouco investigada.
Acredito que seria interessante e possivelmente urgente ser feita, uma revisão de forma a serem repensados em alguns conceitos descritos na Astronomia, relativa ao Espaço-tempo da Terra. Pois nestes conteúdos podem estar implicados erros de interpretação com implicações culturais e cientificas importantes, relacionados com o Universo e a Vida no nosso Planeta, um tema muito bem estudado e conhecido pelas culturas ancestrais.
Nestes 20 anos de estudo sobre os Calendários e Astronomia estiveram envolvidas consultas
e comparações constantes e contínuas, aos valores atribuídos aos Ciclos de Tempo
e de Espaço explicados por ambas as Astronomias, Ancestral e Moderna.
Ao contrário do que seria de esperar, esta pesquisa permitiu observar que na
atualidade a Órbita da Terra, da Lua e a dinâmica entre ambas, é descrita de
forma bastante incompleta e muitas vezes pouco conclusiva. As previsões dos Eventos na Astronomia Moderna no Tempo são perfeitos e rigorosos, sem nada para acrescentar. Mas no que se refere ao acompanhamento do passo a passo dos eventos no Espaço, o mesmo já não acontece, onde existe muita informação deixada para trás.
Mesmo dispondo da mais avançada tecnologia não é possível para a Astronomia Moderna descrever os Ciclos e as Órbitas da Lua e da Terra de forma integrada, completa e continua no Espaço e no Tempo, explicada apenas de forma pontual e abreviada.
Este circuito da Lua e da Terra era descrito na totalidade com todos os detalhes nos Calendários da cultura Maya, pois este conhecimento estava implicado na descrição do passo a passo dos Eclipses, que representava o pilar do Conhecimento astronómico daquelas culturas.
O estudo destes Calendários permite conhecer e descrever os diversos Eventos da dinâmica da Terra com todos os detalhes. Entre eles está a relação da Terra com o Norte no Céu, a Rotação e Translação da Terra, a dinâmica da Lua e da Terra, onde estão incluídos também os Ciclos dos Nodos Lunares e as Lunações.
A descrição atual da Órbita da Terra é extremamente incompleta,
onde a Translação e a Rotação são descritas de forma não integrada e abreviada.
O mesmo acontece com definições como a Eclíptica e a Órbita elíptica da Terra,
para explicar a Translação da Terra que na realidade é um movimento em Espiral
com uma estrutura bem definida no Espaço e no Tempo descrita pelos Mayas.
O outro exemplo é o ciclo de Nutação explicado de forma pouco
clara e inconclusiva na nossa Astronomia, onde é atribuída uma influência da Lua sobre o movimento da Terra, não confirmada na Astronomia Ancestral. Este Ciclo de bamboleio da Terra é muito importante na previsão dos Eclipses, também acompanhado e descrito de forma detalhada por aquelas culturas.
Se a Órbita da Terra na nossa Astronomia está explicada de forma abreviada, a dinâmica da Terra com a Lua é ainda mais reduzida. Esta limitação possivelmente é o principal motivo porque se tornou tão difícil para a nossa cultura compreender o que as culturas ancestrais teriam encontrado assim de tão extraordinário no Céu, e por que razão tinham os Eclipses um papel tão central na Astronomia?
É na descrição e passo a passo dos Eclipses que se reúnem os conhecimentos principais alcançados pela Astronomia Ancestral. É nesta dinâmica descrita com todos os detalhes que, é possível observar
e descrever a Trama da Terra no Espaço-Tempo com todos os pormenores de
Ordem, Proporção e Harmonia de que tanto falam os sábios.
É importante notar que este Método de Estudo trás consigo de forma
integrada, toda a fonte de Conhecimento e Sabedoria Ancestral alcançada por estas Culturas sobre o
Universo. Um Conhecimento que ainda hoje serve de referência cultural a todos os povos da Terra
e onde, é encontrada e associada a imagem e existência de Deus ligada ao Céu, muito
bem explicada e compreendida pela Astronomia Ancestral.