
A Astronomia Ancestral proporciona métodos de cálculo com perspectivas astronómicas totalmente diferentes das praticadas na atualidade. Um conhecimento astronómico muito desenvolvido que permite acompanhar toda a mecânica da viagem do Planeta Terra, com a Lua e o Sol sobre o Universo.
A Lua e a
Terra, uma dança no Céu entre estes dois planetas que viajam de mãos dadas pelo
Universo, entre os passos largos da Terra acompanhados pelos pequenos passos da
Lua, tecendo assim a sua própria Teia sobre o Universo.
Uma
coreografia criada e realizada no Espaço-tempo da Terra que se encontra
representada nos Calendários Haab e Tzolkin e sabiamente descrita pela
Astronomia Ancestral.
A Lua é o
Planeta mais próximo da Terra que marca presença no nosso planeta sobre vários
fenómenos e Ciclos Naturais. As manifestações lunares são eventos cíclicos relativamente
curtos no Tempo da Terra que se fazem sentir no nosso dia-a-dia, proporcionando
as condições ideias para serem estudados e observados.
A Lua e a
Terra relacionam-se de forma proporcional e harmónica, geradoras de padrões
cíclicos no Espaço-tempo, que também refletem a dinâmica entre a Terra e o Sol.
Com a
Astronomia Ancestral aprendemos que são os Eventos e Cruzamentos astronómicos
que criam a Trama de Espaço-tempo da Terra, sobre padrões repetitivos, cíclicos
e proporcionais. É principalmente sobre os Eventos e Alinhamentos dos Ciclos
Lunares, onde se encontra e se pode confirmar a Trama no Espaço-tempo do
nosso Planeta.
Os métodos
de estudo ancestrais permitem encontrar novos e surpreendentes pontos de vista
no entendimento da relação entre a Lua e a Terra, explicados de forma
Matemática e Geométrica por aquelas culturas.
O Ciclo
das Marés, as Lunações e os Eclipses são onde podemos identificar toda a
dinâmica entre a Lua, a Terra e o Sol no nosso Espaço-tempo.
A relação
no Espaço entre a Lua, a Terra e o Sol não se
limita a cálculos matemáticos ou geométricos resultantes da sua dinâmica
astronómica.
Os padrões
de Ordem e proporcionalidade encontrados na mecânica do Céu são também
reconhecíveis na Forma física e espiritual da Criação e Evolução da Vida na
superfície da Terra.
A mesma
Ordem, Proporção e Harmonia no Céu, na Terra, na Astronomia e na Vida.
‘’A Terra
& na Terra’’, duas dimensões que se cruzam, dois planos que se encontram,
um vertical e outro horizontal, na mesma Viagem, sobre as mesmas Leis, o mesmo
Universo.
Dentro dos Eventos planetários e os Padrões de Criação da Vida na Terra explicados pela Astronomia Ancestral de forma Matemática e Geométrica, também é possível estabelecer inúmeras pontes e relações entre a Astronomia e a origem de Símbolos e Arquétipos, Lendas e Mitologia.
São muitos
os Ciclos e Eventos astronómicos explicados pela Astronomia Ancestral que
correspondem a valores e convenções geométricas e matemáticas consideradas
enigmáticas, conhecidas por todos e por todas as culturas.
Não é
necessário ter um conhecimento intelectual ou um raciocínio muito elaborado
para compreender as relações identificadas entre a Astronomia e a Vida na
Terra, já que a Astronomia Ancestral
assenta todos os seus Ciclos e Cálculos sobre Números Inteiros e Naturais.
Desta forma os conhecimentos astronómicos ancestrais são de uma maneira geral
de ordem racional facilmente compreensíveis, associados a conceitos e práticas
comuns da Vida Natural da Terra.
Uma boa
forma de se conseguir identificar a afinidade física e espiritual entre o Céu e
a Terra encontrada pela Astronomia e a Vida Natural do nosso Planeta é com Os
Ciclos da Lua, explicados pela Astronomia Ancestral.
O contexto
astronómico em que se encontram a Lua, a Terra e o Sol no Espaço, é essencial
na descrição das suas Órbitas, Ciclos e Eventos.
O Sol é a figura central, é em seu torno que a Terra orbita, assim como a Lua, embora de forma secundária. A Lua gira em torno da Terra, é o seu Satélite.
As dimensões em termos de Espaço e de Tempo da Órbita da Terra em torno do Sol são reproduzidas também pela Lua no seu Movimento de Translação embora numa escala bem mais reduzida, mas sempre proporcional aos Ciclos da Terra.
A relação
de proporcionalidade entre a Terra e a Lua pode ser encontrada entre as
dimensões dos dois Planetas, nas suas Órbitas e nas diferenças dos seus Planos
orbitais também proporcionais.
Ao seu
ritmo e escala a pequena Lua em órbita acompanha, todo o caminho percorrido pela
Terra como uma criança que segue a cada passo a sua progenitora. Esta é uma
realidade astronómica apenas descrita pela Astronomia Ancestral.
No Ciclo
de Marés, a Lua faz agitar as Águas da Terra, um fenómeno físico explicado pela
Astronomia, análogo ao fenómeno psíquico das Emoções explicado pela Astrologia
e pelo arquetípico da Água.
Com o
sistema astronómico ancestral os Ciclos Lunares são descritos de forma a
podermos confirmar a proporcionalidade e sincronia entre a Lua e a Terra. Este
sistema também permite observar de forma mais lúcida as funções arquetípicas
estabelecidas na relação da Lua na Vida da Terra relacionadas com a sua
influência planetária.
Esta
pesquisa sobre os Calendários e Astronomia Ancestral foi realizada quase na sua
totalidade sobre os Ciclos Lunares com a Terra.
Por que as Órbitas da Lua e da Terra são proporcionais, os Ciclos de Espaço e de Tempo seus correspondentes geram padrões com diferenças difíceis de distinguir. Assim, o estudo dos Ciclos Lunares requer bastante atenção na distinção dos resultados que nos remetem à Órbita da Lua ou à Órbita da Terra.
A
semelhança entre as Órbitas da Lua e da Terra pode tornar o seu estudo bastante
confuso, transformando esta mecânica num
autêntico labirinto estonteante, confuso e sem saída, submerso em camadas de
números e cálculos repetitivos e inconclusivos.
A
proximidade e semelhança entre as Órbitas da Terra e da Lua não é uma
dificuldade apenas encontrada no estudo da Astronomia Ancestral.
Podemos
notar que existe uma fronteira pouco definida na Astronomia Moderna e na
Astrologia sobre qual é a diferença entre a influência da Lua sobre a Terra e
qual a influência da Terra sobre a Lua.
Quando
relacionamos os detalhes com que é descrita a mecânica da Lua e da Terra pela
Astronomia Ancestral com a Astronomia Moderna, podemos notar que os Ciclos
Lunares e os Eclipses são explicados atualmente de forma bastante incompleta,
assim como o Ciclo de Nutação se revela pouco claro e inconclusivo.
Na
Astrologia a Água é o Elemento ao qual é identificada a Lua, relacionada com a
origem da vida, fertilidade, o feminino, emoções, inconsciente, o alimento,
etc. Uma relação simbólica e arquetípica atribuída à Lua e à Água que envolve a
Lua num paradigma que abarca o arquétipo da Criança e o arquétipo da Mãe
fundidos num só, sendo assim inexistente uma fronteira entre dois paradigmas
com relações totalmente antagónicas.
É com a
Astronomia Ancestral que podemos observar que nos dias de hoje existe um
paradigma Lunar inconclusivo na Astrologia e na Astronomia, possivelmente com
consequências culturais importantes.
Uma
indefinição astronómica e arquetípica, onde é atribuída à Lua um caráter
maternal feminino e de fertilidade, qualidades que parecem corresponder mais à
Terra do que propriamente à Lua.
A Lua
marca a sua presença na Terra fisicamente e espiritualmente de forma muito
evidente, não é possível desassociar a Lua da Terra e do seu Espaço-tempo, faz
parte desta malha, dando-lhe forma também.
A dinâmica
e o posicionamento da Lua no Espaço-tempo da Terra com o Sol, assim como sua
dimensão e influência exercida sobre a Terra, não parece manifestar em nenhuma
destas circunstâncias astronómicas ou arquetípicas, algum atributo que a possa
caracterizar como um Planeta Feminino ou Masculino em concreto.
A Lua é um Planeta miniatura da Terra, e é um Planeta estéril, onde a esterilidade não é uma deficiência mas sim resultado da sua tenrra idade. Uma Lua que se ajusta de forma anatómica ao paradigma da Criança, uma condição inerente a todas as formas de Vida na Terra, a vulnerabilidade emocional, relacionada aos comportamentos inconscientes uma dinâmica muito bem ilustrada por ambas, a Água e a Lua.
Com a
Astronomia Ancestral aprendemos que os Ciclos Lunares são uma dinâmica gerada
por dois Planetas com Órbitas e Planos orbitais diferentes, a Lua e a Terra. Uma
mecânica que quando bem entendida nos pode proporcionar informações
astronómicas importantes, e que nos explica como a dinâmica da Lua com a Terra
é diferente da dinâmica da Terra com a Lua, um mecanismo com duas vias,
importantes de distinguir.
É no Ciclo das Marés, onde a Lua marca a sua presença diária sobre a superfície da Terra, onde podemos relacionar a Lua com o arquétipo da Água assim como podemos ver manifestado o paradigma da grande Mãe Terra que cuida da sua Cria, a Lua.
Sim, a Lua é a causadora da agitação das Águas, mas as Águas são da Mãe Terra, a sua progenitora que dedica o seu Tempo e atenção à sua Cria, acompanhando-a lançando sobre ela o seu Manto de Águas.
A Lua, a
Terra e as Marés ilustram os necessários cuidados e atenção da vida diária,
representados de forma simultânea no Céu e na Terra, como uma Mãe cuida da sua
Cria, dia após dia, ciclo após ciclo,
momentos sempre acompanhados também pelo Sol.
Enquanto
os Ciclos de Lunações ilustram a dinâmica da Órbita da Lua sobre a Terra mas
desta vez sobre o olhar do Sol que está sempre ali, sempre presente e atento.
Na verdade, a Lua apesar de infantil e dependente dos seus progenitores, ainda tem alguma
autonomia e liberdade. Não podemos ignorar que a sua Órbita é independente e
diferente da Órbita da Terra e que, por isso, algumas vezes escapa do horizonte
de visão da sua progenitora.
As
diferentes faces Lunares iluminadas pelo Sol ilustram como a Lua orbita em
torno da Terra assim como identificam o seu posicionamento em relação ao nosso
Planeta. O Ciclo de Lunações é um evento apenas visível a partir da superfície
da Terra.
A Lua Nova
acontece quando a Lua na sua Órbita, passa na frente da Terra e do Sol, e a Lua
Cheia é quando a Terra passa entre a Lua e o Sol. Estes são os momentos em que
os 3 Astros se alinham nas suas Órbitas, enquanto os Quartos Lunares, Crescente
e Minguante indicam o meio caminho para a Lua Cheia e Lua Nova respetivamente.
É no Ciclo de Lunações sobre o olhar atento da Terra iluminada pelo Sol que podemos avistar a Lua em órbita no seu passo a passo . É assim que os seus progenitores acompanham o caminho e crescimento da sua Cria, a Lua. Uma verdadeira reunião familiar onde cada membro segue o seu caminho e função própria, no Espaço e na Terra, de forma Física e Espiritual.
Uma
dinâmica familiar, uma agitação repetitiva e circular somente interrompida
quando chegam os Eclipses.
Os
Eclipses são mais que um Evento, é um marco no Espaço-tempo da Terra, onde
podemos agora observar um Alinhamento entre as Órbitas e os Planos das Órbitas
da Terra e da Lua com o Sol. A chegada dos Eclipses anuncia o final de um Ciclo
e o início de outro novo na Terra e na Lua.
Os
Eclipses são como Cerimónias Cósmicas, no Eclipse do Sol onde a Lua se funde
com o seu progenitor, e no Eclipse da Lua com a sua progenitora, a Terra. Uma
homenagem à pequena Lua, agora já fêmea ou macho, deixando assim para trás a
primeira parte da sua Vida, passando agora à fase adulta. Um momento especial,
uma homenagem bem merecida, fruto da
aprendizagem e evolução gerada pela experiência da Viagem já cumprida, na
expectativa do que poderá vir a seguir.